sexta-feira, 5 de junho de 2015

Bater é educar?

Hoje apresentei um trabalho de francês.
Durante as 2 últimas semanas tentei descobrir um tema sobre o qual falar, quando vi um video que falava sobre se se deve forçar as crianças a beijar (em comprimento) outras pessoas, então achei que tinha encontrado o meu tema. Este é um assunto muito apaixonante para mim pois, na minha opinião, não devemos forçar as crianças fazer nada pois isso seria o mesmo que pedir-lhes para se soltarem do seu ''eu'', o que, eu acho, é totalmente imoral. Então fiz um trabalho sobre o tal tema, treinei-o e tinha tudo sobre controle. Até que, ontem, quando estava a ir de autocarro para minha casa, observei um casal com uma miúda que se destacou para mim. A rapariga, que tinha à volta de 3/4 anos estava de pé nos bancos, a cantar e a rir, quando começa a chorar, isto não foi nada de mais, eu estava à espera que a mãe ou o pai a acalmassem, no entanto, a mãe limitou-se a começar à estalada com a ajuda do marido e, como é óbvio e natural, a miúda tentava defender-se e, inutilmente.
Eu, sendo total e completamente contra actos violentos para com crianças, estava pronta a reagir, quando me lembrei que estava prestes a enfrentar dois adultos que têm a lata de bater numa criança inocente perante uma multidão e, ironicamente, o autocarro parou. Eu, sem pensar saio do autocarro e, no momento em que toquei no chão lembrei-me que me tinha acabado de ''acobardar'' perante a situação. Enquanto estava a ir para casa a pé (porque não saí na minha paragem) ocorreu-me que eu tinha acabado de concordar com uma prática que tanto odeio, pensei que era igual a todos aqueles hipócritas que dizem apoiar maltratar crianças para as ''educar'', tive vergonha de não ter feito qualquer coisa pela miúda, mesmo podendo sofrer consequências. Enquanto estava a chegar a casa, decidi fazer o trabalho sobre este assunto, não para me redimir, nem para pensarem que eu sou muito boa pessoa, mas sim para passar a mensagem que podem e devem agir quando não concordarem com algum assunto ético ou moral.
Sejam corajosos e podem marcar as pessoas! Não tenham medo de alcançar os vossos objectivos, mesmo que tenham de enfrentar alguém.
Bater não é educar / Frapper n'est pa eduquer!
Obrigada.

Animais de estimação.

Bem, hoje vou falar de um dos meus animais preferidos: Os porquinhos da Índia.
Era dona de um casal: A Sasha e o Noise, no entanto, infelizmente, a Sasha acabou por morrer devido a uma infecção e por ter as defesas em baixo pelo facto de estar grávida. Ora, quando isto aconteceu foi um grande ''baque'' para mim pois de entre todos os animais que já possui, ela foi ,de certeza, a que teve mais influência e impacte em mim.
Foi por isso que decidi publicar este artigo. Ela foi muito importante para mim e a sua morte foi um pouco (ou muito) traumática.

Vou então publicar as fotos que mais gosto dela.























Espero que tenham gostado.
Obrigada. 

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Crianças e animais de estimação.

Ok. Então, na minha famìlia há uma grande adoração por animais. 
Tenho uma prima, com cerca de 10 anos que tem dois cães: um bulldog, Terry, e um labrador, Napoleão.
No sábado, o Terry adoeceu, foi levado ao veterinário e veio a descobrir-se que tinha um cancro terminal, foram-se discutidas várias opções quando a médica nos informou de rompante que a melhor opção seria abate-lo, através de Eutanásia. Perante esta dura realidade, os meus tios romperam num choro compulsivo!
Chegamos a casa devastados. No próximo dia, domingo, teríamos de abater o nosso tão amado e querido cão. Imediatamente pensamos em como contaríamos isto a uma criança de dez anos, mas lá teria que ser. (Na nossa família acreditamos em contar SEMPRE a verdade.) Bati na porta do quarto dela e esperei que ela respondesse. Entrei e sentei-me na cama com ela. Ela começou a soluçar e perguntou-me: -Mafalda, o Terry vai ter de ir para o céu? Acenei afirmativamente! Ela abraçou-me e pousou a cabeça no meu colo.
-Mafalda, estás triste?
-Claro que sim!
-Então porque não estás a chorar?
-Porque o Terry está a sofrer muito, mas eu sei que quando ele for para ''o céu'' vai ficar bem.
-Então também vou ficar feliz por ele.
Deitei-me para trás. -Matilde, sabes o que é Eutanásia?
-Não. O que é?
-A Eutanásia é aquilo que vai acontecer ao Terry. Amanhã a médica dele vem cá a casa trazer uns comprimidos que vão levar o Terry para o céu.
-Haaa ok. Já percebi é tipo um andante de autocarro, só que é para o céu.
- Sim! É isso mesmo!

(Silêncio)
Adormecemos juntas.

No dia seguinte acordei ás 4:30h da manhã com barulho. Levantei-me e descobri a minha prima a acariciar o cão. Fui buscar uma manta, cobri o cão e a minha prima e fui fazer o pequeno-almoço para as duas e para o cão. 
Tocou a campainha, olhei para o relógio, 13h da tarde, pensei que ainda não podia ser. Ainda não podia ter chegado a hora. Hesitante olhei para a Matilde, tanto eu como ela sabíamos o que aquele toque significava! Ela agarrou-se a mim e pegou o cão pela coleira, fomos até à porta e eu abri-a devagar, esperando que fosse apenas algum miúdo a pregar-nos uma partida, mas não! Do outro lado da porta estava a mesma médica que no dia anterior nos tinha dado aquela terrível notícia. Convidei-a a entrar ainda um pouco apática e sem dizer uma palavra. Ela sentou-se no sofá e eu assim o fiz, acompanhada da minha prima e do cão, que se sentou ao lado da Matilde. Fui chamar os meus tios que estavam no quarto por não aguentarem o terrível diagnóstico. Eles lá vieram, de pijama, com olhos vermelhos agarrados um ao outro. Sentaram-se todos à volta do cão, enquanto a veterinária nos informava do que ia acontecer, como é que ia acontecer e o que é que o cão iria sentir. Ficamos todos aliviados quando percebemos que o cão iria apenas sentir uma leve picada, em nada comparado ao sofrimento que sentiria se fosse obrigado a continuar no mundo dos vivos. 
À medida que a doutora falava a minha prima ficava, notoriamente, cada vez mais triste e a tomar consciência do que iria acontecer. A cada palavra dita pela médica, ela afundava cada vez mais a cara no pelo do cão.
Fomos todos para o pátio afim de brincar-mos com o Terry uma última vez. A Matilde corria, corria e corria com ele, sempre sem se cansar e nem se aborrecer. Passaram-se duas horas quando o cão começou a ficar visivelmente cansado. Levamo-lo para dentro e preparamos a sua ultima refeição e a nossa ultima refeição com ele. Comemos em silêncio e tanto o Terry como o Napoleão pareciam aperceber-se do que se passava e comiam também em silêncio.
Enquanto mastigava, nem dava pelos comprimidos esmagados entre a sua carne. Acabou a refeição e deitou-se no chão, adormecendo. A Matilde deu conta e correu para a beira dele, afagando-lhe o pelo. Depois da sua reacção, também os meus tios se aperceberam do que acontecera e também eles se juntaram à filha.
Depois de muito choro, a Matilde levanta-se e afirma: -Os cães vivem menos tempo do que os humanos, porque já nascem a saber amar de uma forma que nós levamos a vida inteira para compreender. 
Ficamos todos surpreendidos a olhar para ela como ''Um burro a olhar para um palácio''.

Este episódio passou-se já quase à um ano atrás, no entanto, não pude deixar de o compartilhar depois de ver esta imagem:
 Todos nós achamos que as crianças precisão da nossa protecção e que não compreendem a ''nossa realidade'', pensamos que elas andam sempre alheias ao que acontece à sua volta e que só se importam com as suas brincadeiras e jogos mas as crianças compreendem tão ou melhor as nossas coisas, só é preciso tirar o tempo necessário para lhes explicar.
Nunca duvidem que as crianças valem mais do que pensamos!

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Olá este é o meu primeiro blog neste site. Ao longo dos textos e frases que aqui vou colocar espero inspirar-vos e incentivar-vos a pensar e a alcançar e ultrapassar os limites que vos foram impostos pela sociedade.
Espero que gostem! Obrigada!